quarta-feira, 14 de maio de 2014

Meu Umbigo - por Fábio Castilhos

Para falar sobre o processo do espetáculo Umbigo, resolvi encarar-me de frente numa auto entrevista.

Fábio: O Grupo Trilho de Teatro Popular está estreando o espetáculo Umbigo, como está sua expectativa?

Castilhos: Estou bastante ansioso. Foi um longo processo, mais de um ano, está na hora desse trabalho nascer. Tivemos momentos de prazer, de criatividade, mas também de crise e dificuldades. Acho que todo trabalho criativo passa por isso, né? E no Trilho o processo é muito importante, essa questão da criação coletiva. Apesar de que nos últimos trabalhos estamos experimentando o que alguns chamam de criação colaborativa, ou seja, cada um tem uma função. Coletiva ou colaborativa, tanto a faz, o que eu percebo é que percorremos um caminho mais tortuoso, mas no fim acho que mais satisfatório também, pois todos os envolvidos estão imbuídos do trabalho, o resultado final tem a cara, e o dedo, de cada um de nós. É um processo criativo e também de aprendizagem, de autoconhecimento. Estamos falando de egoísmo, e não tem como não se confrontar com o seu e repensar suas atitudes.

Fábio: Falando em criação coletiva ou colaborativa, nas funções de cada um, eu sei que neste trabalho tu estás atuando e também como dramaturgo. Como é exercer essas duas funções?

Castilhos: Então, é a segunda vez que fico responsável pela dramaturgia. A primeira foi no Baú – Lembranças & Brincanças, no qual eu dirigi também. Nessa primeira ocasião, as funções eram complementares, mais próximas. Já no Umbigo não. Tive o trabalho de me distanciar, para cada função. Foi mais difícil. No Baú, a dramaturgia foi criada quase toda em sala de trabalho. No Umbigo, bastante coisa foi criada nos ensaios, mas eu tive a oportunidade de escrever mais. Tive mais esse trabalho prévio de escrever cenas, canções, situações para serem improvisadas. Foi um processo diferente.



Fábio: E os próximos projetos?

Castilhos: Agora é focar na estreia do Umbigo. Já fizemos alguns ensaios abertos com público e a recepção foi muito legal, mas estreia é estreia! Então é o momento de utilizar toda a energia possível para essa reta final. E sentir como vai ser a troca com o espectador, com os espaços que vamos apresentar. Ah, tem o aniversário de 8 anos do grupo, que comemoramos em junho e que a estreia do Umbigo já faz parte das comemorações. Em junho faremos apresentações dos nossos dois espetáculos infantis: O Homem Mais Sério do Mundo e O Baú – Lembranças & Brincanças, além de outras atividades. Então é isso, focar nessas duas coisas.

Fábio: E o que tu destacarias no Umbigo?

Castilhos: Que pergunta difícil, hein? Não sei, o espetáculo como um todo, chegamos num resultado que me agrada muito. Porém, se tem que destacar alguma coisa, eu destaco então as músicas, o espetáculo é quase um musical (risos), destaco também os figurinos da Margarida (Rache), que são um espetáculo à parte. E as minhas cenas, é claro!

Fábio: Imaginei... (Risos) Muito obrigado por conceder essa entrevista, foi um prazer!


Castilhos: Que isso, o prazer foi meu!

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