quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quem ousa dizer: jamais!

Amo e odeio o teatro... Ele é sincero e isso é generoso e cruel. Ele me exige atitude e crítica. Atitude nem sempre é fácil de tomar, aprender no erro também não... É preciso a humildade que às vezes me falta. Para descobrir, que é com o outro que me encontro. É perceber cumplicidade nos trilhos tomados, se reconhecer nas dificuldades dos seus. Ser ação e reação na busca por outra forma de viver, de visualizar, de agir. Por isso ele é estonteante, por isso a luta, mesmo perdendo tudo parece um espetáculo, que atraí... Gera curiosidade e o princípio da dúvida.

Estranhar o habitual e fazer habitual o estranho... Quem ousa dizer jamais? Se a opressão permanece a quem se deve? A quem se deve se for esmagada?

Saí preguiça!!!! Que o que está em jogo me é valioso... O certo não está certo, assim como está não pode ficar! Cá estamos nós de novo!! Quantas eleições mais?

Saí preguiça!!! Por que não é apenas votando que vou garantir o que me é valioso e sim me encontrando nos olhos do outro e com ele dividindo a responsabilidade de aprender a estar de acordo... Isso é política, isso nos é valioso e isso nos tiram a cada segundo.






Caroline Falero

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